Andar é uma das primeiras
capacidades que desenvolvemos, em geral antes de um ano e meio. Por ser
corriqueira, por não requerer propriamente um aprendizado, a atividade muitas
vezes não recebe a devida atenção. Porém, passadas mal dadas podem trazer, ao
longo do tempo, sérias consequências para a saúde, como dores nos pés, pernas e
na coluna.
Isso ocorre basicamente
porque os pés é que dão o sustento básico ao nosso corpo. Luiz Fernando Sola
explica que toda vez que caminhamos transferimos o peso de uma perna para a
outra. O impacto que o pé recebe a cada passo se propaga como uma onda,
dissipando-se pela canela, pela bacia, até chegar à coluna. "A forma como
pisamos altera o modo como recebemos esses choques, podendo sobrecarregar certas
articulações e tendões", afirma Sola fisioterapeuta responsável pelo
Núcleo de Estudo da Postura e Pé do Instituto Krion.
Há, basicamente, três tipos
de pisada, classificados de acordo com a distribuição do impacto: neutra,
propanadora (ou para dentro) e supinadora (ou para fora). Em geral, pessoas de
pé chato tendem a pisar para dentro; pessoas com pé normal geralmente têm
pisada neutra; para aqueles com pé côncavo (cuja sola toca menos o chão), não
há uma tendência definida, segundo o especialista.
Com exceção da pisada
neutra, as outras são problemáticas. "Elas podem, com o tempo, provocar o
desgaste de nervos e músculos, afetando o joelho , quadril e ainda gerar uma
série de dores", afirma Luiz Sola. Os efeitos são mais graves para quem
está acima do peso ou pratica caminhada e corrida, pois a exigência sobre as
pernas é maior.
Como identificar seu tipo de
pisada?
Mapear em detalhes a forma
de caminhar do indivíduo. É o que mostra o moderno exame computadorizado
chamado Baropodometria. Os dados são captados a partir de uma plataforma onde o
paciente faz a caminhada. Sensores registram as diferentes pressões nos pés com
o paciente parado ou caminhando. Os dados são enviados para a análise
computadorizada, e mostram pressões máximas e médias - quanto mais vermelho,
maior a força; distribuição de peso entre os pés, estabilidade, equilíbrio
e tipo de pé.
A Baropodometria deve ser
solicitada para avaliar o pé plano (não há curvatura) ou cavo (a curvatura
aumentada), esporão no calcâneo,
inflamação na planta do pé e na canela, tendinites, se uma perna é mais curta
que a outra, artroses, escolioses e até fraturas por estresse, situação comum a
praticantes de atividades físicas.
Bastante solicitado para
crianças e adolescentes em formação e em adultos e idosos que já tenham queixa
de dor. É indicado também de forma preventiva antes de iniciar uma atividade
física, além de ter importante papel na confecção de palmilhas posturais,
feitas de acordo com a pisada e tipo de pé.
O mais fácil mesmo é
corrigir a pisada durante a infância, com palmilhas posturais "Se o
tratamento for iniciado o quanto antes os resultados costumam ser muito bons.
Luiz Fernando Sola –
Fisioterapeuta especialista em Baropodometria, Podoposturologia e Posturologia
http://www.institutokrion.com.br/palmilhas/baropodometria.html
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